A primeira rodada de negociação da pauta específica foi marcada para o dia 09 de setembro entre as entidades dos trabalhadores, e o Banco da Amazônia enviou comunicado oficial convidando todas as entidades para uma única mesa de negociação, independente da quantidade de minutas apresentadas para a direção do Banco. O Sindicato dos Bancários do Maranhão, legalmente representado pelo presidente da AEBA, estava presente em local e hora marcada pelo Banco para a primeira rodada de negociação específica. Foi com surpresa que observamos o boicote do SEEB-PA, CONTRAF-CUT e FETEC, dessa primeira rodada de negociações específicas.
Foi decepcionante a postura da CONTRAF-CUT, SEEB-PA e FETEC em boicotar a mesa de negociação específica. O boicote dessas entidades foi uma atitude irresponsável, despolitizada e infantil, que tem por intenção apenas dividir o movimento sindical bancário, enfraquecer a luta e colocar a politicagem na frente dos interesses dos trabalhadores bancários. Além de atrasar nosso processo de negociação.
Afirmamos que foi uma atitude irresponsável, porque a CONTRAF-CUT e o SEEB-PA mandaram um ofício para o banco, pedindo para que o banco exclua da mesa de negociação entidades legítimas dos trabalhadores, afirmando que a minuta apresentada pelo SEEB-MA é diferente da minuta entregue por eles. Em que minutas diferentes impedem a negociação? EM NADA! A maior prova de irresponsabilidade é levar as divergências políticas, entre as entidades no movimento sindical, para a mesa do patrão, enquanto o que se devia fazer é somar forças. A CONTRAF-CUT, SEEB-PA e FETEC-CN querem dividir os trabalhadores do Banco na campanha salarial, nos dividindo no que há de mais importante, o processo de negociação.
Além de uma irresponsabilidade, a atitude foi infantil e imatura. O boicote a negociação específica em uma campanha salarial é uma atitude tão pequena que nos leva a desconfiar da capacidade, inteligência e experiência dos dirigentes dessas entidades. E o pior, é que tentam justificar sua atitude com inverdades. O SEEB-PA e a CONTRAF acusam o banco de prática antisindical, somente para esconder a sua própria prática antisindical. A perseguição a AEBA e ao Sindicato dos Bancários do Maranhão vem sendo constante no período recente. Podemos nos lembrar da vergonhosa fuga dos dirigentes do SEEB-PA e da CONTRAF do II Congresso dos Trabalhadores do Banco, simplesmente porque iriam perder a votação sobre a participação da AEBA na mesa de negociação, resolveram fugir com a ata e se esconder da base. A infantilidade desses dirigentes frente à negociação se dá por um único motivo: a necessidade de isolar a AEBA no movimento bancário. A “raiva” dos boicotadores é que o SEEB-MA fez-se representar pelo atual presidente da AEBA, e levou o Sindicato dos Bancários do Pará e CONTRAF a tomarem essa atitude.
A AEBA e o SEEB-MA têm total conhecimento dos problemas e dificuldades que passam os bancários do Banco e a necessidade de construir um movimento forte para garantir nossas principais reivindicações: ponto eletrônico, pagamento das horas extras, novo PCS, isonomia do piso salarial com BNB, enfim, importantes reivindicações da categoria para garantir um “emprego decente” para os trabalhadores do Banco. Por isso, reafirmamos nosso compromisso com a categoria: compareceremos a todas as negociações que houver com o Banco, com a política de conseguir o melhor acordo possível para os trabalhadores do BASA.
Lamentamos a postura divisionista, sectária e irresponsável dos atuais dirigentes da CONTRAF, FETEC e Sindicato dos Bancários do Pará. Contudo, sabemos, acima de tudo, que a luta continua e é nos trabalhadores que devemos confiar. Por isso, reiteramos a posição da AEBA e do SEEB-MA em participar de todas as rodadas de negociação com o banco. E também, reafirmamos nossa disposição em construir a luta para alcançar vitórias nessa campanha salarial, de forma inteligente, madura e responsável com a base.
A Diretoria da AEBA já convocou, por duas ocasiões, antes mesmo dessa atitude de boicotar a mesa de negociações específicas, a Diretoria do SEEB-PA para uma reunião, bem como solicitamos à CONTRAF oficialmente um assento no comando nacional, para ambas as propostas tivemos resposta negativa.