Banco da Amazônia

CATEGORIA PÁRA! O Banco da Amazônia não tem propostas e bancários iniciam enfrentamento!

AGORA É GREVE!

Mapa da greve

Ananindeua Cidade Nova – PA

Belém Centro – PA

Belém Pedreira – PA

Belém Reduto – PA

Icoaraci – PA

Castanhal – PA

Macapá-AP

São Luis Centro – MA

Rio Branco Centro – AC

Porto Velho – RO

Em assembléia na noite de ontem na sede do SEEB-PA, as entidades se reuniram para organizar o movimento grevista. Ano passado os bancários do BASA foram os últimos a saírem da greve e a determinação da categoria rendeu bons resultados. Este ano o presidente da AEBA, Silvio Kanner, convoca a categoria para unir forças às entidades na certeza da vitória final “Tenhamos força desde o início até o final da greve na certeza de nossa vitória, nós não fraquejaremos até que nos sejam garantidos nossos direitos e dignidade enquanto trabalhadores do Banco da Amazônia um banco público federal com papel fundamental no fomento e desenvolvimento da região amazônica. Chega de enrolação, queremos de fato uma mesa de negociação!” E manifestou ainda sua insatisfação, “é muito baixa a proposta de 8% da FENABAN, não dá para aceitar. Não podemos ficar no patamar da FENABAN, enquanto os outros bancos pagam bem, o Banco da Amazônia paga mal, não valoriza seus empregados. Já tivemos duas rodadas de negociação com o Banco, e nas duas ouvimos que o Banco não possui nenhuma proposta para apresentar aos empregados. Temos que continuar lutando por nossos direitos”.

O diretor da AEBA, Marlon George, avalia o primeiro dia de greve da categoria, “a greve deste ano está sendo surpreendente para o primeiro dia, pois os funcionários ao chegarem ao Banco, permaneceram do lado de fora, isso demonstra a conscientização da categoria em aderir à greve e que só através dela, é que conseguiremos conquistar nossos direitos. Está sendo uma greve forte, com adesão massiva na matriz do Banco, de 100%, isso reflete para as outras agências, dando incentivo para que também participem da greve. Não tivemos nenhuma oposição de funcionários querendo entrar de qualquer maneira no Banco. Este é o momento principal que temos para avançar na pauta específica. A AEBA e o Sindicato, junto com a categoria, vão fazer com que avancemos em busca da vitória. E que as agências do interior, principalmente, juntem-se a nós nesta luta.”

Os auditores da Receita Federal manifestaram solidariedade durante a mobilização de hoje. Eles estão reunidos no Hilton Hotel para articulação da campanha da categoria, e também estão insatisfeitos com o governo federal, por isso, o auditor Uranilson Brasil, que já foi bancário por 22 anos do Banco do Brasil, propôs uma união para manifestar a insatisfação dos trabalhadores, pois juntos, os trabalhadores, independente da categoria, são mais fortes na luta por seus direitos.

Importante!

Os funcionários que possuem menos de 90 dias no Banco, estão protegidos em caso de retaliações por conta da greve, pois a partir do momento em que é deflagrada a greve, o contrato de trabalho é suspenso.

QUEREMOS AVANÇOS NAS CLÁUSULAS ESPECÍFICAS!!!

Defendemos nessa campanha salarial:

1. Novo PCS, já

2. Isonomia de Piso Salarial com os demais bancos públicos federais. (R$ 1.600,00)

3. Ponto Eletrônico.

4. Reajuste no reembolso do Plano de Saúde.

5. Isenção de Tarifas para os Empregados

6. Retorno do Programa de Educação Continuada

7. Isonomia de acesso do Quadro de Apoio a Funções Comissionadas.

8. Revisão do Novo Modelo de Negócios do Banco

9. Revogação da NP 118

10. Revogação do Seguro Para os alto-executivos do Banco.

O que motivou a GREVE:

O comando nacional de negociação dos bancários, não encontrou outra solução para garantir os direitos dos bancários que não à greve. A FENABAN e o governo quer conceder um reajuste salarial de apenas 8%, próximo da pauta da CONTRAF-CUT, que é de 12%, mas muito distante do que é preciso para equiparar os salários do Banco da Amazônia aos de outros Bancos Federais, que chega à 36,5%. A situação de desvalorização dos empregados do Banco pela diretoria faz com que o Banco perca, rapidamente, excelentes profissionais para outros bancos, empresas privadas, ou empregos públicos.

A campanha salarial 2011 deve ser diferente das outras. VEJA PORQUE:

Se fizermos um balanço dos últimos 5 anos, chegamos à conclusão que pouco se avançou nas pautas específicas. A mesa da FENABAN é uma fraude para os trabalhadores de bancos públicos por dois motivos: 1. Ela é comandada pelos bancos privados e o governo reconhece a FENABAN apenas para não ter que discutir com os trabalhadores, ou seja, para tirar a responsabilidade do governo em negociar com os bancários. 2. A FENABAN não coloca, nem de perto, o índice de seus lucros para entrarem como efeito de reajuste, no máximo negocia a PLR, e ainda assim é rebaixada.

Pensamos que foi um erro a CONTRAF-CUT defender 12,8% na mesa da FENABAN. Defendemos a resolução votada no Congresso dos Bancários do Pará, que aprovou um reajuste não menor que 25%. Infelizmente, a CONTRAF-CUT e o SEEB-PA resolveram apresentar uma pauta rebaixada. Dizemos que é rebaixada, pois achamos que será um grave erro aceitar qualquer reajuste da FENABAN que não os 12,8%apresentado, já que aceitar 9% ou 10% é grevar por causa de 1,2%. Por este motivo, os trabalhadores do Banco devem estar atentos a isso e participar das assembleias para que não fiquem a “ver navios” nessa campanha salarial.

Além da pauta nacional, que envolve o índice de reajuste salarial, há a pauta específica, que é debatida em Belém. Onde realmente necessitamos avançar. A AEBA aponta como prioridade as claúsulas específicas do Banco da Amazônia, pois independente do reajuste nacional, as condições de salário e emprego só vão melhorar se houver avanço na pauta específica.

Reajuste Salarial de 25%

Reflita o seguinte cenário: 12,8% de reajuste salarial, disso a inflação leva, aproximadamente, 7,5%. Resta com 5,3%. Desses 5,3% o imposto de renda come mais uns 4%, nosso reajuste fica em 1,3% e ai vem o reajuste da CASF em mais 5%, ou seja, acabamos de ficar com um déficit de 3,7%. E todos os colegas do banco sabem que estamos sendo otimistas. É isso que vai acontecer com os trabalhadores do Banco se não conquistarmos nossa pauta específica agora. Se conseguirmos acompanhar o piso salarial dos outros bancos nessa campanha salarial, que é pauta especifica, já teremos um reajuste de aproximadamente 36%. Reajustar o reembolso do plano de saúde também garantirá mais dinheiro no bolso no fim do mês. Além, é claro do PCS, que poderá, verdadeiramente, garantir ao trabalhador um futuro no Banco.

Essa campanha tem tudo para ser uma das mais importantes e mais fortes dos últimos 10 anos. Isso porque a classe patronal e o governo vêm sendo intransigente com várias outras categorias, principalmente com o funcionalismo público, quando o assunto é reajuste salarial, isso para continuar garantindo 47% do PIB para pagar os banqueiros. Banqueiros que, só em 2010, garantiram lucros de mais de 25%. Por isso, afirmamos que é possível que os bancos dêem os 12,8% e mais um pouco. Um exemplo dessa possibilidade é o que acontece com o Banco de Brasília. O BRB apresentou proposta de 10% e caso a FENABAN dê outro índice de reajuste, o BRB ainda oferece um “plus” sobre o índice da FENABAN na hipótese de fechamento de Convenção com índice maior ou igual à contraproposta por ele apresentada. Os bancos têm como garantir um índice maior que o da FENABAN, inclusive maior que o reivindicado pela CONTRAF, sem ter prejuízos. Por isso, a AEBA convoca todos os trabalhadores para irem à luta para conquistar seus direitos. Participe das assembleias, dos piquetes e ajude a construir uma poderosa greve. Estamos na luta.

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