Mais uma vez a diretoria do Banco da Amazônia faz com que os trabalhadores permaneçam no movimento grevista. A rejeição da “proposta” ontem em assembleia no estado do Pará seria unânime se não fosse pela presença de meia dúzia gestores que compareceram à reunião e votaram pela aprovação.
Mais uma vez os empregados do BASA merecem ser parabenizados por toda a coragem e força que demonstram desde o início desta Campanha Salarial, e em especial no dia de ontem, quando optaram pela continuidade do movimento, indignados com a falta de respeito da direção do Banco ao coagir seus trabalhadores através de um e-mail ameaçador com formas de retaliação detalhadamente expostas nas entrelinhas do “informe” repassado pela Comissão de Negociação, caso os empregados não decidissem pelo fim da greve.
A resposta está aí, A GREVE CONTINUA pela garantia de direitos e por respeito a cada um dos trabalhadores desta instituição que estão sendo marginalizados e tratados como vilões, quando os grandes responsáveis pela continuidade da greve é a presidência do BASA, que nada negocia e lança mão de toda a forma de assédio contra o trabalhador que exerce um direito garantido na constituição. Não há como se conformar com tanta desigualdade de tratamento, os trabalhadores do Banco da Amazônia merecem mais conquistas para se aproximar da realidade dos demais bancos públicos.
O alto escalão deste Banco precisa começar a se reunir para discutir o que é de direito do trabalhador e não só medidas de retaliação. Não é assim que chegaremos ao fim da paralisação, reúnam-se para apresentar uma proposta para o NOVO PCS, O AUMENTO DO REEMBOLSO SAÚDE, 22% DE REAJUSTE, E O FIM DA LATERALIDAE. Sentem-se nas cadeiras e apliquem seus esforços para resolver os nossos problemas e não só para arquitetar chantagens e formas de intimidação.
CLIQUE AQUI e veja o “Informe” da Comissão de Negociação repassado aos empregados do Banco!
CLIQUE AQUI e veja a proposta do Banco.
Bancários o BNB também decidem pela continuidade da greve.
Na assembleia de ontem dos bancários da base do Ceará, o Banco do Brasil e Caixa decidiram pelo fim do movimento paredista, enquanto os trabalhadores do BNB votaram pela continuidade da greve, tendo em vista que nada de novo foi apresentado pela direção do Banco e a proposta vigente – que já foi rejeitada – está muito aquém do esperado.
Na Bahia, a decisão foi também pela continuidade, bem como no Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraíba, Montes Claros,Sergipe, Alagoas e Garanhuns e região (PE)
Os diretores da AFBNB, presentes à assembleia, ratificam seu posicionamento: o Banco precisa ir além do índice e apresentar novidades de fato que solucionem as inúmeras pendências internas. Negociação sim, não intimidação!
A AFBNB repudia veementementea postura autoritária do Banco, jamais vista durante uma greve no BNB, sobretudo a atitude tomada na tarde de hoje, quando funcionários receberam telefonemas considerados ameaçadores, pressionando e exigindo o retorno ao trabalho. Além disso, o Banco usou de seus veículos oficiais de comunicação para convocar pessoas a irem à assembleia votar a favor da proposta (já rejeitada). Para a Associação, trata-se de uma postura anti-sindical, que diz respeito à interferência no direito de greve e à livre decisão da base em exercê-lo, além de assédio moral. A entidade entende que essa postura do Banco, de constrangimento, deve ser motivo de interpelação do Ministério Público do Trabalho, podendo os sindicatos agirem nesse sentido.
A diretoria do Banco deveria se ocupar na construção de uma proposta decente, não em formas de ameaçar seus trabalhadores. O governo federal, por sua vez, é corresponsável nessa situação por se eximir à responsabilidade de negociar as questões específicas dos bancos públicos e não apresentar uma proposta que considere as suas especificidades.
Fonte:AFBNB
Última atualização:14/10/2013 às 20:24:03