As negociações relativas à Campanha Salarial 2014 entram na fase final. Após duas rodadas de negociação, nenhuma mesa, seja da FENABAN, seja de específica de Bancos Federais, avançou em nada. A próxima rodada de negociação está marcada para esta quinta-feira, 11 de setembro, na FENABAN; 12/09 na CEF e BB; 15/09 no BNB e 17/09 no Banco da Amazônia.
As mesas de negociação até o momento não registram avanços, o que representa um forte indicativo de GREVE por tempo indeterminado. Na mesa de hoje, a última do calendário acertado no início de agosto, o tema será remuneração. Existe a expectativa de que a FENABAN faça uma proposta de índice e os Sindicatos devem convocar assembleias após essa mesa.
Atraso do Banco da Amazônia
Desta vez o atraso do Banco da Amazônia relativamente ao calendário nacional não será provocado pelo lado dos trabalhadores. Retardatária do Processo de Negociação, a Diretoria do Banco da Amazônia agendou negociação específica apenas para o dia 17 de setembro. A referida mesa também debaterá índice. Porém, como é de praxe, o índice não deve ser o tema central da campanha no Banco da Amazônia, mas sim a luta pela pauta específica, principalmente Saúde, PCS, Fim da Lateralidade e agora, a luta contra o BS 60.
Já sentimos que há um clima de revolta nas agências com as recentes medidas da Diretoria. A Campanha Salarial desse ano deve ser fortemente impactada pelo BS 60. A noção que se prolifera é a de que a Diretoria do Banco não nutre consideração alguma pelos empregados e de que eles continuam apostando na gestão pelo medo.
Eleições Presidenciais
O recente vazamento do depoimento do ex-Diretor da Petrobras sobre os 3% do valor dos contratos para irrigar os cofres dos partidos da base do governo, parece que vai botar mais lenha na fogueira da eleição. De nossa parte, achamos que é um momento importante para pautar a gestão das estatais, e nesse quadro, o tratamento que o governo dispensa aos seus empregados. É interessante pensar que os trabalhadores honestos das estatais enfrentam diversos problemas financeiros, de fiscalização de órgãos de controle etc. Já os apadrinhados do governo nas estatais, vivem situação bastante diversa.
Não teremos outra chance de fazer uma Campanha Salarial muito vitoriosa. O ano é esse, há espaço, o próximo ano será o primeiro de um novo mandato, difícil pra reivindicar reajuste de salário.