Os profissionais do Banco da Amazônia, reunidos na cidade de Belém, estado do Pará, no dia 23 de maio de 2015, após discussão e deliberação, fazem saber que apresentam posição contrária a qualquer tipo de terceirização que possa ser usada em qualquer que seja a fase do processo de crédito no Banco. Declaramos também que a medida denominada “central de análise” significa um retrocesso para o Banco e para os clientes, e que a referida medida inviabiliza a oferta de um serviço tempestivo e com qualidade. Declaramos, por fim, que o trabalho técnico no Banco da Amazônia precisa ser qualificado e valorizado, para que, assim, possa contribuir para o fortalecimento do Banco e da região.
Alertamos todos os colegas de trabalho que a terceirização do acompanhamento de crédito representa um grave retrocesso para o Banco, ao longo dos anos, medidas vêm sendo tomadas para reduzir o trabalho com fiscalização, através da redução do número de operações fiscalizadas, mas a terceirização dessa área representaria um enorme prejuízo. O Banco perderá o controle do processo de acompanhamento e custos serão muito elevados. Ao contrário do que muitos possam pensar, esse não é um trabalho fácil. Exige conhecimento especializado para a compreensão de cada caso e dedicação e disposição para trabalhar em condições difíceis e distantes. A contratação de técnicos especializados se deveu exatamente à necessidade de constituir um assessoramento técnico interno, em face da relevância em contar com profissionais comprometidos com a instituição.
Tal trabalho de assessoramento técnico deve se dar ao nível de agência, inclusive, com alçada para a contratação. A elevação do volume de aplicações nos últimos anos somente foi possível porque a análise foi descentralizada, por isso para termos tempestividade no atendimento dos clientes e garantia de aplicação de recursos, a descentralização da análise foi um fator decisivo. Nesse contexto, a criação da “central de análise”, uma ideia requentada, antiquada e obsoleta vai contribuir decisivamente para travar o crédito e torná-lo lento. A menos que este seja o interesse dos gestores do Banco, que enxergam uma redução das disponibilidades muito abaixo da demanda. Os profissionais do Banco da Amazônia tornam pública sua posição contrária a esta proposta e informam ainda, que vão lutar para que não ocorra.
Por fim, os profissionais afirmam seu compromisso em lutar pela qualificação e fortalecimento das áreas técnicas no Banco da Amazônia. Vamos colocar em prática um conjunto de ações visando qualificar a contribuição que temos dado ao Banco no sentido de torná-lo uma referência de assessoramento técnico às carteiras de fomento, da mesma forma, vamos manter nossas atuais lutas em busca de reconhecimento e valorização.
Estiveram presentes no Encontro: o vice-presidente do SEAGETO, João Alberto Aragão; o vice-presidente, o 2º secretário e o suplente da diretoria do SENGE-PA, Manoel Vieira, Wilson Carvalho da Silva e Gilson Lima, respectivamente; também esteve presente o presidente do CREA-PA, Elias Lima; o secretário suplente do SEEB-MA, Arnaldo Marques de Almeida; e o diretor do IAPEP, Alexandre Ferreira.