Unidade do movimento poderia garantir um avanço.
Na noite do dia 27, em assembleias realizadas em várias capitais, os empregados do Banco da Amazônia resolveram encerrar a Greve. Para a Diretoria da AEBA o acordo não foi bom, mas para seguir na luta seria necessário unidade entre as entidades.
O reajuste de 10% às Cláusulas de Natureza Econômica e, 14% no valor do tíquete alimentação – representa a extensão para o Banco da Amazônia da negociação da mesa da FENABAN, da qual o Banco é signatário. Esse valor representa apenas 0,12% acima da inflação (INPC) acumulada até agosto de 2015 e, é assim, o menor índice de ganho real de uma campanha salarial bancária nos últimos anos. Mas, infelizmente, tal reajuste cria um patamar máximo de reajuste, dificilmente transponível.
Quanto às cláusulas específicas não há muito avanço, exceto o reajuste de 20% nas faixas de enquadramento do Plano de Saúde – o que deve representar a elevação de nível de 700 empregados e, com isso, um aumento no valor de reembolso.
Após a análise da proposta, a Diretoria da AEBA, que garantiu a Greve em Belém praticamente sozinha, concluiu que a proposta não era boa e que poderia melhorar. Mas para que a proposta pudesse melhorar, seria necessário que houvesse unidade entre as entidades que compõe o movimento bancário no Banco da Amazônia. A Diretoria da AEBA estava disposta à luta, mas uma vez que a CONTRAF resolveu orientar a aceitação da proposta, tem-se a quebra da unidade do movimento e, com isso, sua fragilidade para seguir o processo de greve visando a melhoria da proposta.
Nossa Diretoria avaliou que não havia retirada de direitos na proposta apresentada pelo Banco e, portanto não havia problemas de princípios envolvidos, que sua melhoria dependeria da força da Greve e da unidade do movimento, já passamos pela experiência de ter que comandar uma Greve sozinhos, e essa é uma experiência muito arriscada para os empregados do Banco, que não valia a pena bancar a Greve dessa forma, seria expor demais a categoria a riscos, diante da postura truculenta da Diretoria do Banco.
Diante disso, orientamos as assembleias a aceitarem a proposta e encerrarem o processo de Greve.
Fizemos uma das mais fortes Greves da nossa história e achamos que estamos avançando em termos de mobilização. Foram 100% das agências paralisadas no Tocantins, Acre, Maranhão e Roraima, mais de 100 agências fechadas em todo o país, fechamento da agência de Brasília e um nível de adesão sempre maior que 70% na matriz.
Vamos seguir firmes na luta, sempre!