Fórum Econômico Mundial 2016 em Davos debate revolução industrial
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Encontro de líderes mundiais começa nesta quarta na Suíça.
Dilma não participará; delegação do Brasil será chefiada por Nelson Barbosa.
Tem início nesta quarta-feira (19) em Davos, na Suíça, a edição de 2016 do Fórum Econômico Mundial, que terminará no sábado (23). O tema deste ano é a "Quarta revolução industrial".
Na terça (18), o presidente executivo e fundador Klaus Schwab transmitiu uma mensagem de boas-vindas aos participantes do encontro.
Segundo assessores do Planalto, a presidente tratou da participação deste ano do Brasil em Davos em uma reunião na residência oficial com cinco ministros, representantes doBanco do Brasil, doBNDESe doTesouro Nacional.
Criado em 1971, o fórum é realizado anualmente em Davos e reúne lideranças mundiais para discutir temas econômicos de interesse global, como estratégias para a retomada do crescimento ao redor do mundo e ações para o aquecimento da economia nos países.
Economiados emergentes geram preocupação
Os líderes do Fórum Econômico Mundial deste ano estão temerosos com a economia dos países emergentes. Segundo Reuters, mais de US$ 1 trilhão em fluxos de investimentos já saíram dos mercados emergentes nos últimos 18 meses, mas o êxodo pode ainda não ter chegado nem na metade do caminho, com as outrora crescentes economias parecendo presas em um ciclo de baixo crescimento e investimento.
Alimentado por temores de aperto do crédito nosEstados Unidose de alta do dólar, e vindo junto com uma longa desaceleração da economia chinesa e uma implosão do superciclo relacionado às commodities, há uma crescente ansiedade de que não haverá uma recuperação acentuada ao fim deste momento difícil para recompensar os investidores que enfrentaram os piores momentos, ainda de acordo com a agência.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Chinateve crescimento de 6,9% em 2015, o mais baixo desde 1990, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça pelo Escritório Nacional de Estatísticas em Pequim. A segunda maior economia do mundo, acostumada com crescimentos acima dos dois dígitos nas últimas décadas, cresceu 6,8% no quarto trimestre de 2015 no comparativo com o mesmo período de 2014.
Outro assunto que deve tomar as atenções é acrise do preço do petróleoe seus efeitos em regiões como a América Latina.
A onda migratória sem precedentes na Europa e atentados extremistas no mundo todo também devem marcar as discussões no encontro. "A geopolítica será um tema primordial e discutido sob todos os aspectos", afirma o fundador do Fórum, Klaus Schwab.
Líderes presentes
Klaus Schwab transmite mensagem de boas-vindas na edição de 2016 do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Foto: Ruben Sprich / Reuters)
De acordo com a France Presse, vários dirigentes da União Europeia confirmaram presença: o primeiro-ministro daFrança, Manuel Valls, o presidente daAlemanha, Joachim Gauck, o primeiro-ministro daSuécia, Stefan Löfven e o chefe de governo daGrécia,Alexis Tsipras.
O vice-presidente dos Estados Unidos,Joe Biden, o secretário de EstadoJohn Kerry, e o de Defesa Ashton Carter também devem estar presentes, assim como o primeiro-ministro deIsrael,Benjamin Netanyahu.
A agência informou ainda que comparecerão o primeiro-ministro doIraque, Haidar Abadi, seu contraparte daTurquia, Ahmet Davutoglu, o presidente doAfeganistão, Mohamed Ashraf Ghani, e o daNigéria, Muhammadu Buhari.
Davos é um lugar ideal para concluir ou dar prosseguimento a negociações. Kerry já agendou um encontro bilateral com o colega russo, Serguei Lavrov, em Zurique. No Fórum também estarão o chanceler da Arábia Saudita e o doIrã, em ummomento de grande tensão diplomática.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, confirmou nesta segunda-feira sua viagem à Suíça para participar do fórum. Assim, o país terá representação oficial pela primeira vez em mais de 10 anos. "Vamos a Davos lembrar ao mundo que existimos", disse o ministro da Fazenda argentino, Alfonso Prat-Gay, na última quinta-feira à imprensa estrangeira.