No início da tarde de ontem (30/11), a AEBA, o Sindicato dos Bancários do Pará, do Maranhão e Amazonas estiveram representados em Audiência Pública para tratar as “Demissões no Banco da Amazônia”, junto à Comissão de Administração e Serviço Público, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Na ocasião, Gilson Lima (AEBA), Sérgio Trindade (SEEB-PA), Andrea Gonçalves (SEEB-AM) e Marla Brito (SEEB-MA), se posicionaram sobre a realidade enfrentada pelos trabalhadores do BASA diante da ameaça de demissão compulsória à qual têm sido submetidos, tendo os empregados do Quadro de Apoio como ponto de partida para essa política de enfraquecimento do emprego público. Participaram também da audiência a deputada Érika Kokay e, remotamente, Jussara Valares, Diretora de Política de Pessoal e Previdência Complementar de Estatais do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e Wellington Marques da Fonseca, Gerente da Central do Contencioso Trabalhista do Banco da Amazônia.
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Em seu pronunciamento, Gilson Lima, presidente da AEBA, fez uma síntese sobre a situação dos empregados do banco e conclamou a solidariedade de autoridades políticas para somarem à luta contra a coletânea ataques sofridos pelos trabalhadores, para construir a partir desse momento um grande movimento de defesa contra as ameaças sofridas e, principalmente no enfrentamento à instabilidade do emprego público que iniciou com a demissão do quadro de apoio e que pode seguir para as demais carreiras técnicas como trabalhadores da auditoria, tecnologia, jurídico e engenharias.
O representante do Banco, Wellington Marques da Fonseca (foto a cima), iniciou sua fala afirmando que o BASA não possui uma política de demissões, mas trouxe um discurso centrado na validade em relação às demissões. Wellington afirmou que o banco é uma empresa pública de economia mista e que os seus empregados não possuem estabilidade para fins trabalhistas, por serem celetistas. Disse inda que muitos empregados do banco procuraram a gerência de pessoas afirmando que queriam sair da instituição, mas, que, para tanto, precisariam de uma boa proposta. E, que o banco, assim o fez. E que os empregados do quadro de apoio, de forma voluntárias aderiram à proposta.
É preciso deixar claro que a conquista dos “benefícios” por ocasião da demissão, foram fruto de uma luta judicial longa e árdua, onde a AEBA e o SEEB-PA, junto à categoria, arrancaram da instituição condições minimamente dignas para essa demissão dos trabalhadores, mediante um Protocolo de Entendimento, resultado de audiência no dia 12 de setembro, onde as partes consensuaram acerca do Protocolo.
A cima, Andrea Gonçalves, diretora regional da AEBA no Amazonas e diretora do SEEB-AM.
Se os trabalhadores, de fato, desejassem sair da instituição, teriam aderido ao recente Plano de Demissão Voluntária – PDV, instituído pelo banco. O que estava prestes a ocorrer com o Quadro de Apoio era uma demissão imotivada e imoral, em condições desastrosas para a vida desses trabalhadores.
Sérgio Trindade, secretário geral do SEEB-PA (a cima), trouxe para a audiência as intenções do atual presidente do banco, Luiz Lessa, já mencionadas em reuniões, onde o mesmo fala do incômodo que sente em a instituição “parecer uma construtora”, e que irá tomar providência quanto a “grande quantidade de engenheiros no banco”, o que denota que o Quadro de Apoio não é um caso isolado, e deixa claro as futuras manobras dessa diretoria.
Após a audiência, as entidades representativas dos trabalhadores foram recebidas pelo senador Eduardo Braga, em reunião, onde trataram sobre a seriedade da temática em questão. Eduardo Braga se mostrou solidário à causa e se comprometeu em intermediar esforços à luta dos trabalhadores.