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AEBA participa do Encontro de Oposições

A AEBA participou ativamente do Encontro das Oposições Bancárias, realizado em Brasília, nos dias 27 e 28 de julho, unindo forças com bancários de todo o país. Diante da inércia do Comando Nacional e da negativa da Fenaban e dos bancos em atender às justas reivindicações da categoria, os participantes elaboraram uma carta aberta e definiram um calendário de lutas para a Campanha Salarial 2024.

A mobilização nacional, com atos públicos em agosto e assembleias presenciais, visa pressionar por uma greve geral e garantir conquistas como a defesa do emprego, o combate ao adoecimento, a melhoria da assistência à saúde, a reposição dos quadros, o fim das metas, do assédio e das demissões.

Diante do cenário atual, com bancos lucrando bilhões e um governo pouco atento às demandas dos trabalhadores, a mobilização é mais do que necessária para garantir um futuro mais justo e digno para os bancários.

O Encontro destacou que nos últimos anos, os bancos têm registrado lucros bilionários crescentes, evidenciados pelos R$ 108,59 bilhões ganhos pelos cinco maiores bancos do país em 2023, contrastando com os R$ 2,22 bilhões dos 20 maiores em 2000. Esse aumento se deu, em parte, pela exploração dos trabalhadores bancários, que enfrentam salários baixos e altos índices de adoecimento.

Atualmente, o piso salarial dos bancários é de R$ 1.944,56, apenas R$ 500 a mais que o salário mínimo. Eles representam 25% dos afastamentos por acidentes de trabalho devido a problemas psíquicos, apesar de constituírem apenas 0,8% dos empregos formais.

Além da exploração dos trabalhadores, a população brasileira sofre com tarifas elevadas e juros altos. A campanha salarial é uma oportunidade para melhorar essa situação, exigindo mobilização coletiva da categoria bancária, que tem o potencial de paralisar o sistema financeiro do país.

Nos últimos anos, a Contraf-CUT tem tomado decisões que enfraquecem a luta coletiva, como aceitar acordos bianuais e não combater firmemente as demissões. Grupos de oposição dentro dos sindicatos chamam os bancários a se envolverem mais ativamente na campanha salarial, definindo prioridades e um calendário nacional de mobilização.

As principais demandas incluem o fim das metas abusivas, assédio moral e sexual, garantia de emprego, valorização do piso salarial, novas contratações, e melhorias nos planos de cargos e salários. 

A mudança na realidade dos bancários só será possível com a recuperação do protagonismo da categoria no movimento sindical, mesmo que isso signifique retomar as greves como principal forma de luta.

Confira o calendário deste mês: 

  • 06/08 – Dia da roupa (usar cor preta) 
  • 13/08 – Mobilização com indicativo de paralização parcial
  • 20/08 – Ato Unificado 

 

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