Nota da AEBA sobre a mesa de negociação entre o Banco da Amazônia, CONTRAF, FETEC e Sindicato dos Bancários do Pará relativa à pré-adesão aos novos planos da CAPAF.
Prezados Amigos,
A diretoria da AEBA manifesta publicamente sua posição sobre o resultado da mesa de Negociação Sobre a CAPAF, que ocorreu entre as entidades acima citadas e o Banco da Amazônia. Desde o início, a AEBA tem sido incansável na defesa da verdade e dos direitos dos trabalhadores do Banco da Amazônia; por isso temos contrariado interesses da Diretoria do Banco e de alguns gerentes executivos que os seguem cegamente.
Nossa gestão defende também os interesses do Banco da Amazônia, sua perpetuação quanto instituição fomentadora do desenvolvimento da Amazônia pautada em alicerces sólidos com reflexos diretos à satisfação dos seus empregados, que trabalham incansavelmente para isso e sem o devido reconhecimento da instituição, por este motivo, nossa gestão luta principalmente por melhorias significativas para os empregados, que não devem se contentar com propostas frágeis, que não estão a contento, precisamos de garantias com solidez, de ganhos e não de perdas. Nesse momento, lutamos contra as medidas adotadas pela atual Diretoria no que se refere aos salários e à situação estrutural do Banco.
Sobre o tema CAPAF, a partir de uma avaliação histórica, documental, jurídica e também política, estamos nos posicionando contrariamente à migração dos participantes da CAPAF para os atuais Planos Saldados, por entendermos que essa migração representa a legalização dos desmandos históricos das diretorias do Banco sobre a CAPAF e a perda de direitos adquiridos dos empregados participantes. Defendemos que a CAPAF respeite os direitos adquiridos de acordo com farta jurisprudência e garanta a abertura de um plano de previdência digno para os novos empregados.
Nesse momento em que os empregados do Banco da Amazônia já demonstraram abertamente sua compreensão de que os Planos não são bons e que o próprio Sindicato do Pará denunciou o abuso e o terrorismo no processo de migração, assistimos a um teatro armado para retirar direitos dos trabalhadores. A diretoria do Banco não recuou em nada em relação à sua posição – nunca quis negociar; aliás, a Senadora pelo Pará, Marinor Brito, a pedido da AEBA, marcou uma audiência com o Presidente do Banco, mas, em cima da hora, o Banco desmarcou. O acordo coletivo do Banco ainda não foi assinado e o debate de PCS está congelado e enquanto isso o Sindicato fecha acordo para entregar os direitos. Estamos tentando, há mais de dois meses, estabelecer a mesa de PCS e a Diretoria do Banco não cumpre o acordo de trabalho, por que, justamente agora, o Banco receberia estas entidades se não fosse para comprar seu apoio aos planos draconianos de reestruturação da CAPAF?
Registramos, ainda, que a AEBA não foi convidada para essa mesa de negociação. Como não o foram também a AABA, a CONTEC e os Sindicatos do Maranhão, Amazonas e Tocantins. O apoio do Sindicato do Pará, de sua Federação e Confederação aos Planos da CAPAF, representa a entrega, simples e direta dos nossos direitos pelos representantes dos trabalhadores. Não houve, reafirmamos nenhuma mudança nos Planos, que agora são defendidos por essas entidades, em relação ao que já vinha sendo apresentado pelo Banco / CAPAF / Deloitte.
Nós da AEBA, continuamos assumindo o compromisso com os trabalhadores do Banco da Amazônia de seguir realizando uma gestão isenta, livre, independente e honesta. Esperamos que cada trabalhador faça sua reflexão sobre o significado dos planos saldados e perceba que a posição dessas entidades é, na verdade, a posição do Banco e do Governo, dos quais essas entidades infelizmente parecem estar a serviço e não daqueles que deram seu voto para elegê-los.
Diretoria da AEBA.