Que a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, fórum com 15 entidades – eleitas em Congressos anteriores, não foi convocada e consequentemente não foi ouvida para a definição dos critérios de participação e da organização do Congresso atual. A atual Comissão tem mandato de dois anos e só o encerra no plenário do próximo Congresso. Portanto, não há justificativa que sustente o alijamento da AFBNB e de outros sindicatos da organização do evento, muito menos das negociações com o Banco. Cabe lembrar que a última reunião da Comissão Nacional, no dia 17 de fevereiro, com a presença de Marcos Vandair e Miguel Pereira, representantes da Contraf/CUT, ficou acertado que haveria uma reunião para se fazer um balanço dos trabalhos da Comissão e tratar da organização do próximo Congresso até o final de março último. Não consta registro de que esse acordo tenha sido cumprido.
Que o Congresso é um encontro do conjunto do funcionalismo, e não se justifica que bases não filiadas à CUT fiquem de fora, como é o caso de alguns sindicatos no Ceará, em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte (Mossoró) e norte de Minas.
Que a proporção definida de um delegado para cada 50 funcionários na base terminou por excluir alguns atuantes sindicatos, enquanto alguns de porte semelhante têm direito a um delegado, e mais um nato.
Que não se justifica a presença com direito a voto de funcionários de outros bancos no plenário de um Congresso do BNB. Da mesma forma, também não se justifica o número excessivo da chamada “delegação nata”. Esta, não consta a AFBNB, que como membro da Comissão Nacional, teria o mesmo direito dos demais. Cabe enfatizar que é um fato inédito, e por isso injustificável, pois ao longo dos seus 25 anos de luta a Associação sempre participou ativamente dos Congressos.
Que as assembléias convocadas para a eleição dos delegados devem ter pauta única, ou seja, sem permitir que sejam diluídas em qualquer outro tipo de evento.
A AFBNB é resolutamente contrária ao entendimento de que a Comissão Nacional dos Funcionários é uma instância da Contraf/CUT. A Comissão, que existe muito antes da Contraf/CUT é dos bancários do BNB, do seu conjunto, de todos segmentos organizados na base, e deve ser uma instância de articulação das diversas entidades sindicais , sem restrições políticas ou ideológicas, para encaminhar a luta dos bancários.
A recente assinatura do acordo coletivo, às escondidas, sem que boa parte dos sindicatos tomasse conhecimento – muito menos a base, e da mesma forma, uma recente “negociação” de um preposto da Contraf/CUT com a diretoria Administrativa e de Tecnologia da Informação (TI), já sinalizam a exclusão de importantes entidades do processo de negociação, o que vem a ser preocupante.
Exigimos de público a imediata convocação da Comissão Nacional para se posicionar sobre a organização do Congresso e que no mesmo a Comissão seja eleita pelos delegados presentes e tenha mandato de um ano, que se renovará a cada Congresso anual. A Associação faz um apelo ao bom senso para que a unidade do funcionalismo, tão importante para as vitórias, seja permitida e prevaleça para o bem dos interesses dos funcionários do Banco em detrimento de interesses menores.
Por um Congresso democrático e com a participação de todos!