Está acontecendo um verdadeiro massacre midiático por parte da direção do Banco da Amazônia, para que os trabalhadores migrem para o novo plano da CAPAF. Esse ataque midiático é apenas uma parte de um ataque mais geral que o Banco vem fazendo contra os seus trabalhadores . As outras partes desse ataque são: o assédio moral através de chefes e gerentes para pressionar os trabalhadores dentro dos locais de trabalho e a ampla divulgação da mais pura inverdade de que aposentados e pensionistas, em caso de intervenção, deixarão de receber os benefícios.
Infelizmente, o Banco possui alguns “parceiros” que deveriam defender os bancários do Banco da Amazônia, faz o serviço oposto. A Associação dos Participantes de Fundos de Pensão (ANAPAR), ligada a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A ANAPAR sabe que a “Solução CAPAF” tem como objetivo livrar o Banco de suas responsabilidades. E aqueles que, em outrora, falavam em defender os trabalhadores, hoje, fazem duros ataques contra nossa categoria. O Banco ainda conta com a “generosa omissão” do Sindicato dos Bancários do Pará, que ao ficar “gentilmente calado” sem mobilizar os trabalhadores, fica ao lado do patrão.
A campanha midiática tem um terrorismo mentiroso. O ponto chave do terrorismo é a suspensão do pagamento dos aposentados e pensionistas que nesse momento estão garantidos por via judicial, mas desta vez não mais por liminar e sim por sentença da 8º Vara do Trabalho de Belém. Como podemos entregar um direito reconhecido com ação judicial ganha? Já notaram que o Banco e a CAPAF têm pavor da intervenção? Pois naturalmente o condenado na intervenção é o próprio Banco, junto com a CAPAF. A adesão ao novo plano vai livrá-los dessa responsabilidade, recaindo a conta em cima dos participantes que aderiram ou venham a aderir ao novo plano. Colocando a responsabilidade pelos deslizes e equívocos aos aposentados e pensionistas de hoje e também aos empregados da ativa, que serão os aposentados e pensionistas de amanhã.
A CAPAF já esteve sob intervenção por duas vezes, uma que durou aproximadamente, 7 anos e outra, mais recente, em torno de 6 meses. E os benefícios em nenhuma dessas duas vezes foram suspensos. Portanto, é MENTIRA que haverá suspensão do pagamento dos benefícios.
Mas, afinal, o que significa a tal intervenção? Na intervenção de 7 anos quem levou a pior foi o Banco, conforme inúmeros documentos produzidos pelo interventor, denunciando graves irregularidades e omissões como o descumprimento de dispositivos legais e regulamentares e falta de pagamentos obrigatórios contidos na legislação pertinente. Na intervenção de 6 meses, quem levou a pior foi a CAPAF, onde foram constatadas inúmeras irregularidades cometidas pela administração da Entidade, sob “vista grossa” do Conselho Deliberativo, com as honrosas excessões dos conselheiros eleitos pelos participantes e assistidos.
O Banco é o responsável pela falência da CAPAF, pelas seguintes razões:a) não remunerou durante mais de 20 anos o uso do dinheiro da CAPAF; b) não cumpriu o plano de custeio; c) realizou a segregação do AMAZONVIDA de forma fraudulenta, em prejuízo do plano BD; d) não aportou recursos com a implantação do RET/AHC/CAF e impediu contribuições sobre o RET/AHC/CAF; e) não pagou à CAPAF os valores dispendidos pela mesma em ações judiciais envolvendo o RET/AHC/CAF f); firmou contrato com a previdência oficial, no qual a CAPAF era obrigada a pagar antecipadamente, com recursos próprios, o benefício INSS, sem qualquer remuneração ou correção monetária; g) não aportou recursos na redução do teto da previdência oficial de 20% para 10%; nas aposentadorias proporcionais e na redução do tempo de serviço das mulheres para 25 anos; h) colocou na diretoria da CAPAF gente incompetente, salvo raras exceções, que não souberam gerir os destinos da Instituição, principalmente na aplicação dos recursos disponíveis, gerando enormes prejuízos para a CAPAF.
Em razão desses graves deslizes, o Banco deve à CAPAF cerca de R$ 552 milhões que, somado ao déficit técnico de R$ 648 milhões perfaz um total de R$ 1,2 bilhão, tudo com base em 28/02/2010. Ou seja, o Banco da Amazônia foi o grande responsável pela falência do plano BD. Embora existam outras situações, podemos afirmar que, se não tivesse ocorrido os casos acima, a CAPAF, hoje, não teria déficit pelo contrário teria um bom superávit.
O papel da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA) é defender a categoria contra a perda de direitos. Por esse motivo a AEBA se posiciona contra o novo plano da CAPAF. Em vez de gastar uma fortuna em horários na TV com brakes em horário nobre, matérias pagas em jornais impressos, o Banco poderia investir esse dinheiro na CAPAF.Por isso, a AEBA está à disposição para seus associados e demais trabalhadores do Banco que se sentirem assediados ou pressionados pelos chefes e gerentes para entrar com as medidas judiciais cabíveis contra o assédio moral que os empregados possam está passando.
AEBA e AABA