Novamente os trabalhadores do BASA estão ás vésperas do “prazo final” para a adesão aos novos “Planos Saldados” da CAPAF. Segundo informações da CAPAF, o total de Pré-Adesões até o dia 29/08/2011era 60,60%. Mas esse número não é tão certo quanto parece. A CAPAF se recusa a dizer o total de desistências da pré-adesão, que vem crescendo e chegando à AEBA e AABA, além dos associados que fazem sua desistência de maneira avulsa. Assim sendo, podemos afirmar que a CAPAF e a direção executiva do Banco estão muito aquém dos pomposos 95% propostos pelo banco para implantar os novos planos. Nos dados divulgados pela CAPAF vemos que: no dia 18/08, o total de pré-adesões era de 59,30% e em 29/08 é de 60,60%, um crescimento de menos de 1,5% de adesão aos novos planos. Em um contexto mais geral, afirmamos que, sem contar as desistências à pré-adesão, somente 47 pessoas (aproximadamente) migraram nos últimos 11 dias, mesmo com a milionária campanha midiática e excessivo assédio moral cometido pelo banco. O que a CAPAF e o Banco vão fazer agora? Só restam duas saídas: 1. Abandonar descaradamente a idéia dos 95% e implantar o plano à força com os 60,6% que aderiram (o que seria uma verdadeira violência institucional contra aqueles que migraram); ou 2. Reabrir o caminho da negociação. O Banco, CAPAF e seus aliados diretos (SEEB-PA e ANAPAR) devem reconhecer a derrota e voltar para a negociação.
A AEBA e AABA desejam que o Banco opte pelo caminho da negociação e para isso, a Associação, representada por seu presidente, Silvio Kanner, foi até Brasília no dia 31/08, reunir-se com o Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves,reunião esta, que foi intermediada pelo Senador Flexa Ribeiro (PSDB), da qual, participaram também representantes da AABA e o advogado das entidades, Castagna Maia. Durante a audiência, as entidades expuseram o caso CAPAF e apresentaram suas propostas para a solução dos problemas da Caixa de Previdência dos Empregados do Banco da Amazônia.Na ocasião, o Ministro se comprometeu em intermediar uma reunião entre o Ministério, BASA, CAPAF, PREVIC, AABA e AEBA.
O presidente da AEBA também visitou a Senadora Marinor Brito (PSOL) e o Deputado Federal Arnaldo Jordy (PPS), para participar os problemas do Banco da Amazônia e construir uma solução a partir do diálogo. O que mostra que, para a AEBA e AABA, não é o partido político que importa, mas a defesa intransigente dos direitos do Banco, reforçando o caráter independente do governo, e autônomo a partidos políticos.
Resta fazer algumas perguntas: O presidente do Banco irá negociar? O Ministro da Previdência se propõe a negociar, recebeu as entidades e a diretoria do Banco não? Por quê? Por que o Sindicato dos Bancários do Pará não fez nenhum esforço para buscar uma negociação que se assegura os direitos dos aposentados e pensionistas e aceitou sem questionar a proposta do Banco? Não era o Sindicato que durante as eleições chamaram “fora Abdias” e agora aceita servilmente tudo o que o presidente do banco pede?
AEBA e AABA já tentaram, inclusive, na Justiça do Trabalho negociar uma solução para o Banco e para a CAPAF, mas a intransigência do Banco e da CAPAF impediram as negociações. A AEBA e AABA vêm promovendo debates sobre a CAPAF e sempre retificando seu compromisso de defender os trabalhadores do BASA e não banqueiros. O Banco e seus aliados (SEEB-PA e ANAPAR) só defendem seus próprios interesses, abandonando o interesse dos trabalhadores.
AEBA e AABA têm uma solução para a CAPAF. 1. Para os beneficiados pelo plano BD é que o banco cumpra as decisões judiciais, haja vista que não há mais como o banco recorrer, ele está obrigado a pagar os benefícios. 2. Garantir os direitos para os que saíram do plano BD para o Amazon Vida, não deixando que este também vá à falência; 3. Abrir o Prev Amazon para os novos empregados, que não são beneficiados por nenhum plano de previdência complementar.
As vésperas do prazo final reforçamos o chamado que a AEBA vem fazendo: NÃO ASSINE A PRÉ-ADESÃO, SE VOCÊ JÁ ASSINOU, PREENCHA O FORMULÁRIO DE DESISTÊNCIA.
CAPAF TEM SOLUÇÃO, MAS COM ENTREGA DE DIREITOS NÃO!