Em assembleia realizada ontem (22) na sede do SEEB-PA, os bancários decidiram aderir à greve por tempo indeterminado.
A categoria rejeitou a proposta rebaixada de índice da Fenaban que propôs um reajuste 7,8%, que representa apenas 0,37% de aumento real sobre os salários, PLR e as demais verbas como vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/baba.
Uma nova assembleia será realizada na segunda-feira (26) para avaliar a contraproposta da Fenaban que será apresentada ao Comando Nacional hoje. Se a proposta dos banqueiros não estiver a contento da categoria, a assembleia da próxima segunda-feira será a oportunidade de organização da categoria para o primeiro dia de greve dos bancários do Pará.
SEEB-PA comete ato de deselegância!
Novamente o Sindicato protagonizou um ato de deselegância para com a AEBA e a AFBEPA. Na assembleia de aprovação da greve, o Sindicato queria impedir que as Associações de trabalhadores bancários falassem, ou seja, que não demonstrassem publicamente a posição pela greve. Enquanto o Sindicato diz ironicamente que %u201Cunidos somos mais fortes%u201D, a todo o momento busca isolar a AEBA. Que unidade é essa? Vivemos em um regime democrático onde as opiniões diferentes são importantes para o crescimento das entidades e estímulo à própria democracia. Esse já configura o segundo episódio de baixo nível protagonizado pelo Sindicato nessa Campanha Salarial, o primeiro, lembramos que foi o boicote à 1º mesa negociação, simplesmente porque a o presidente da AEBA estaria presente.
Porém, após muita pressão, as entidades conseguiram falar, mesmo com uma pequena parte dos participantes saindo da assembleia, pois a Presidente do Sindicato, de forma grosseira %u201Cencerrou%u201D a assembleia.
A presidente da AFBEPA, Kátia Furtado, se pronunciou primeiramente expondo que é necessária uma grande greve para derrotar a FENABAN e garantir as conquistas para os bancários, tanto na pauta nacional como nas específicas, e ressaltou que se sentiu desrespeitada pela atitude hostil do SEEB-PA em relação às Associações de trabalhadores bancários. O presidente da AEBA, Silvio Kanner, falou em seguida, e afirmou estar correta a recusa da proposta da patronal. Para Silvio Kanner, %u201CEnquanto o Governo paga pela sangria do dinheiro público com a corrupção, não quer conceder um reajuste digno para os trabalhadores%u201D. Afirmou ainda que %u201CA AEBA estará priorizando a luta pelas pautas específicas no BASA, que estão paradas há mais de 4 anos%u201D. Demonstrando assim que a AEBA quer a unidade na greve e nas lutas com o Sindicato.
A categoria não precisa da divisão. O Sindicato dos Bancários tem que buscar ser parceiro da AEBA nessa greve, para assim, de fato praticar a UNIDADE e conseguir obter uma grande vitória na pauta específica e melhorar a vida dos bancários do BASA. O que mais chama a atenção, é que o atual vice-presidente do Sindicato, Sérgio Trindade, ex-presidente da AEBA, não faz nenhum esforço para que a AEBA possa falar nas assembleias e ajudar nas negociações coletivas. Os interesses político-partidários dos atuais dirigentes do SEEB-PA, infelizmente, são colocados acima da unidade necessária numa Campanha Salarial.
Nós convidamos o Sindicato dos Bancários a buscar uma atuação conjunta com a AEBA na greve e na luta em defesa dos direitos de nossa categoria.
Confira as principais reivindicações específicas da categoria para este ano:
– Novo PCS
– Reajuste reembolso do Plano de Saúde
– Isonomia do piso salarial com os demais Bancos Federais (R$ 1.600,00)
– Reajuste Salarial de 25%
– Reposição das Perdas Salariais
– Ponto Eletrônico
– Isenção de Tarifas para os Empregados
– Retorno do Programa de Educação Continuada
– Isonomia de acesso do Quadro de Apoio a Funções Comissionadas
– Revisão do Novo Modelo de Negócios protagonizado pelo Banco
– Revogação da NP 118
– Revogação do Seguro Para os alto-executivos do Banco