Banco da Amazônia

Renúncia e “BBerização” nos horizontes do Basa

Nos bastidores do Planalto circula a versão de que a atual diretoria do Banco da Amazônia teria sido aconselhada "por quem de direito" a assinar uma renúncia coletiva diante dos pífios resultados obtidos na implantação dos Planos de Saldamento da Caixa de Previdencia Complementar dos Funcionários do Banco da Amazônia(Capaf) e, também, pela falta de habilidade na condução da greve na empresa, que já dura mais de 40 dias, com sensíveis prejuízosà imagem da instituição bancária oficial, a única em todo o Brasil que não aceitou negociar com os trabalhadores as tratativas para a volta ao trabalho normal, alegando falta de autonomia decisória.

A intervenção na Capaf, decretada pela Superintendência de Previdência Complementar(Previc), seria o primeiro passo na reformulação do Plano BBerização do Basa, assim apelidada nos bastidores oficiai a propalada (intramuros) incorporação do Basa pelo Banco do Brasil, que teria justamente na Capaf o principal obstáculo, dado seu passivo monumental de 5.500 ações trabalhistas de aposentados e pensionistas, além de um deficit atuarial de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Outro complicador do plano de desatrelar a Capaf do Basa surgiu com a sentença da 8ª Varada Justiça do Trabalho da8a Região, obrigando o Banco da Amazônia a pagar mensalmente as aposentadorias e pensões de seus aposentados e pensionistas indepentedemente da falência da Capaf, por força de contrato de trabalho assinado via Portaria 375, além de nivelar as quatro categorias de aposentados em apenas uma, a de aposentados do Banco da Amazônia, com a contribuição única de 12%. A assessoria jurídica do banco tentou em vão "cassar" essa sentença da 8ª Vara, interpondo recursos e agravos de toda a ordem, mas ela está mantida e, segundo avaliação da própria área jurídica do governo federal, dificilmente será derrubada no TRT.

Segundo a mesma fonte, de Brasília,a atualdireção do Basa teria assumidocom a missão de limpar o caminho para a propalada incorporação ou fusão, removendo os obstáculos, dentre os quais o mais incômodo era justamente a Capaf. Logo, a implantação dos novos planos de "saldamento" da Capaf visavam justamente "zerar" seu déficit eliminando as ações na Justiça pela via de contrato assinado pelos seus autores pelo qual renunciavam a qualquer direito oriundo da Portaria 375, que criou a Capaf.

Como deu tudo errado na condução do Projeto Capaf, por vários fatores entre os quais a falta de diálogo com as entidades e lideranças representativas das categorias de ativos e aposentados, os estrategistas oficiais da fusão BB-Basa teriam ficado profundamente irritados com a condução da questão pela atual diretoria do Banco da Amazônia que teria recebido a "orientação" de formular renúncia coletivaà presidente Dilma Russef.

FONTE: Blog Espaço Aberto – http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2011/11/renuncia-e-bberizacao-nos-horizontes-do.html

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