Banco da Amazônia

AEBA encaminha ofício e solicita melhor análise e destaca considerações contrárias à implantação do sistema de lateralidade.

Em um recente comunicado oficial, o presidente do Banco da Amazônia se referiu ao projeto de implantação do sistema de lateralidade.

(AEBA prepara manifestação contra lateralidade – CLIQUE AQUI para ter acesso ao informativo em pdf!)

Em relação a isso, AEBA acredita que não é saudável à empresa a implantação do projeto e solicitou à Diretoria do Banco da Amazônia que não o implante o sistema de lateralidade, e apresentou as seguintes razões expressas em um ofício encaminhado à presidência do Banco:

  1. Ao longo dos últimos 30 anos, mais exatamente desde o governo Collor de Mello, os empregados do Banco da Amazônia têm amargado cada vez piores condições de trabalho e remuneração – desde esse momento se criou a falsa idéia de que os empregados representam um CUSTO para o Banco.
  2. Ao longo do governo FHC vimos os nossos salários minguarem a um nível tal que atualmente são os menores dentre os Bancos Públicos Federais. Assim como vimos reduzir nossos direitos de uma forma geral com o advento da CCE 09 e outras medidas dessa natureza, sempre segundo a concepção de que os empregados representam CUSTOS para o Banco.
  3. No Governo Lula, quando pensávamos que iríamos superar esse passado, recebemos o mesmo tratamento e ainda tivemos que assistir o Banco ser utilizado como cabide de emprego para a nova coalizão de poder. Em comum a essas administrações a uma premissa: os empregados são CUSTOS, economizar é cortar salários e direitos dos empregados.
  4. A lateralidade é uma medida extremamente perversa com os empregados do Banco. Em seu local de origem, o Banco do Brasil não é diferente. Expõe os gestores a riscos infinitamente maiores ao impor a esse gestor que se responsabilize diretamente por duas ou mais áreas. Expõe os gestores ou empregados imediatamente abaixo e que estariam em condições de assumir interinamente a função ao encargo concreto do trabalho sem que para isso haja a devida remuneração. O Senhor acredita mesmo, Senhor Presidente, que um gestor de uma área como a GESOP, GERHU, GESUP, GECOR, GEAFO, GERAP e todas as demais inclusive terão condições de acumular duas Gerências? Você sabe Senhor que a SEAUD está cheia de processos contra gestores do Banco por problemas de controle ocasionados pelo próprio Banco. Quem você acha que tem condições de assumir uma gerencia como a GPROD, o Gerente da GSIST por lateralidade? De antemão já lhe adiantamos que qualquer falha em serviço ocasionada pelo sistema de lateralidade será diretamente responsabilidade da DIREX.
  5. Se o projeto de lateralidade tem por objetivo unicamente cortar custos, então vamos estudar alternativas, vamos cortar as festas, os gastos com terceirização tecnológica ineficaz, mas não corte custos penalizando os empregados que são os que garantem o funcionamento do Banco.
  6. Estamos num ano em que o Banco deve superar 200 milhões de lucro e esse é o presente que os empregados recebem: o fim da substituição de funções e o início da lateralidade. Todo o esforço que fizemos de nada serviu? As metas que os empregados e as unidades alcançaram terão essa paga? É assim que sua administração retribui aqueles que lhe ajudam? Um dos mais prejudicados por essa medida, Senhor Presidente, são os coordenadores da DG. Certamente o Senhor tem noção da importância dos coordenadores para as áreas da Direção Geral.

No ofício assinado pelo presidente da AEBA, Silvio Kanner, foi solicitado que seja feita uma analise minuciosa sob outra ótica em relação a esse processo, por considerar que certamente há como viabilizar alternativas que atendam aos interesses da empresa, sem agredir e desconsiderar os interesses dos empregados.

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