A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) retomam nesta quarta-feira, dia 12, às 14 horas, as negociações com a Febraban sobre temas de segurança, especialmente transporte de valores, durante a quarta mediação na Procuradoria-Geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília.
Nas reuniões anteriores, bancários e vigilantes discutiram com os bancos procedimentos que hoje colocam em risco a vida dos trabalhadores e clientes, propondo medidas para eliminar riscos e melhorar a segurança. Na última rodada, ocorrida no dia 13 de março, a Febraban manifestou disposição em negociar e abrir um canal de diálogo permanente.
"Queremos segurança no transporte de valores, seja no abastecimento dos caixas eletrônicos, seja nas operações de embarque e desembarque de carros-fortes, seja no suprimento de agências, postos de atendimento e correspondentes", defende o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. "Trata-se de um serviço que deve ser realizado por empresas especializadas, com vigilantes bem treinados", aponta o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.
"Vamos levar propostas dos trabalhadores ao MPT, buscando avanços e conquistas que tragam prevenção contra assaltos e seqüestros e possibilitem mais segurança para bancários, vigilantes e clientes", revela Ademir. "Com os seus lucros bilionários, os bancos possuem condições suficientes para investir muito mais em segurança", justifica.
O presidente da CNTV, José Boaventura Santos, espera propostas concretas dos bancos para resolver os problemas dos trabalhadores.
"Observamos que foi instalado um importante processo de negociação no MPT, envolvendo a CNTV, a Contraf-CUT e a Febraban, o que abre possibilidades reais de construir soluções e criar um canal de diálogo permanente entre as partes, onde os trabalhadores e os bancos venham a discutir os problemas de segurança", projeta Boaventura.