O objetivo é permitir que várias pessoas participem de um mesmo jogo, como já é feito informal e ilegalmente, mas com a garantia de que todos receberão um recibo pela aposta.
A discussão sobre a legalidade do bolão começou em fevereiro deste ano, quando 40 pessoas ganharam uma aposta em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. No entanto, o grupo ficou sem o prêmio, porque a casa lotérica não havia registrado o jogo.
Segundo o vice-presidente da Caixa, Moreira Franco, é preciso institucionalizar para dar segurança aos apostadores. "Para a sorte, todo mundo é igual, até o ilícito", disse.
Os jogos coletivos eram proibidos pela Caixa, mas acabavam funcionando tanto informalmente, entre amigos, que faziam um pacto de divisão de um eventual prêmio, como de forma mais organizada, pelas lotéricas.
"A Caixa não estimula, mas é uma prática comum, que não tem como se resolver na repressão. A gente teve que arranjar uma solução institucional que está sendo desenvolvida tecnologicamente", disse Moreira Franco.
A Caixa prepara uma série de novidades para a loteria, este ano. Será criada a Quina de São João, nos mesmos moldes da Mega-Sena da Virada, que teve no ano passado o maior prêmio de loterias da América Latina. O prêmio para a primeira edição da Quina de São João, no ano que vem, é estimado em R$ 60 milhões.
Já a Mega da Virada deste ano, que terá dois meses para apostas, deverá superar o prêmio pago no ano passado, de R$ 144,9 milhões. O novo esquema para a realização de bolão pela própria Caixa já deverá estar funcionando quando começarem as apostas para o jogo da virada de ano.
A arrecadação total da Caixa com jogos lotéricos deverá chegar a R$ 8,2 bilhões, de acordo com Moreira Franco. No primeiro semestre, houve avanço de 17,5% em relação ao arrecadado no mesmo período do ano passado, chegando a R$ 3,784 bilhões.