A nova diretoria da CASF nesta segunda, 20, no auditório Rio Amazonas, em reunião com associados, incluindo-se videoconferência pela TV do Banco para as GEREGs e Agências, enfatizou suas diretrizes de atuação baseado no profissionalismo, transparência, necessidades de reestruturação organizacional, tecnológica e de processos, melhor relacionamento com os parceiros e busca do retorno da confiança e credibilidade dos filiados; ampliação das receitas da Coramazon; divulgação do relatório de auditoria feito pela Deloitte; reforma do Estatuto Social; e, finalmente, criação de fundos financeiros.
Os demonstrativos contábeis apresentados na ocasião apontam déficits de R$ 2.147 mil no ano de 2009 e R$ 48 mil no primeiro semestre de 2010. Além disso, foi informado que seu estoque em carteira de faturas de conveniados não pagas giram a cada mês um montante aproximado de R$ 3,7 milhões, contra uma inadimplência de associados na ordem de R$ 2,4 milhões.
Segundo a nova direção, nestes quase três meses de gestão, foram encetadas ações na revisão de contratos de prestações de serviços, com economia de R$ 300 mil por ano; adequação do horário do Dispensário Farmacasf para redução de despesas; renegociação com inadimplentes; viabilização de novos convênios; e a substituição da diretoria da Coramazon Corretora de Seguros.
Anunciaram, ainda, encaminhamentos para revisão do sistema de informática, hoje deficiente; reavaliação patrimonial; redefinição do ambulatório de Manaus; conclusão e apresentação à Assembléia Geral da reforma do Estatuto; reorganização administrativa, tecnológica e de processos; busca de ampliação dos resultados da Coramazon; e, finalmente, a criação de dois Fundos, sendo uma especifica para fazer frente às demandas no custeio de próteses/órteses, e outra para atender as normas da ANS – Agência Nacional de Saúde, que exigem o imediato reconhecimento das faturas quando ingressam na CASF.
Para tal, será apresentado um Plano àquela Agência, constante da criação desse Fundo, no valor de R$ 3.655 mil, a partir do estabelecimento de cotas extras para os 15.105 participantes dos dois Planos (Plancasf e Plano Família), à razão de R$ 241,98 diluídas em 24 parcelas mensais de R$ 10,08 por pessoa.
A AEBA, que esteve presente nessa reunião e participa do Conselho Deliberativo da CASF, vê como pontos positivos a transparência no relacionamento da direção com os associados, a qual deveria, esperamos persistir, com reuniões freqüentes como essa, bem como a tomada de providências voltadas à melhoria dos processos, inclusive e em especial, do sistema de informática.
No entanto, desaprova o restabelecimento de cotas extras para fazer frente às exigências da ANS, por entender que os atuais déficits devem ser melhor diagnostificados e entendidos, responsabilizando a quem de direito, se for o caso. Defende, ainda, uma discussão ampla envolvendo os associados na busca de outras alternativas para sanar esses déficits, de tal forma que não penalizem ainda mais os empregados e ex-empregados usuários dos serviços de saúde da entidade.